sábado, 2 de junho de 2012

Paulistanos descobrem aluguel de bike

27/05/2012 - Jornal da Tarde

Grupo de ciclistas "Red Lu" em frente à estação Cinemateca (Mariana Lenharo/AE)

MARIANA LENHARO

No primeiro domingo depois do lançamento sistema de empréstimo de bicicletas Bike Sampa, moradores das regiões próximas às estações começaram a se familiarizar com o mecanismo de empréstimo pelo celular. Neste domingo, 27, havia seis estações em funcionamento, todas na Vila Mariana. Mas a partir desta segunda-feira, 28, o bairro vai abrigar 10 pontos ativos de aluguel de bike.

Para os moradores do bairro, o projeto deve incentivar as pessoas a deixar os carros em casa e adotar a bicicleta como meio de transporte ou atividade de lazer. A arquiteta Mariana Lucas, de 30 anos, experimentou pegar uma bike na estação Cinemateca, que fica no Largo Senador Raul Cardoso.

“Acho legal porque é um bairro muito gotoso, tem vários pontos interessantes na região e isso possibilita ter um transporte que leva de um ponto a outro sem precisar se preocupar devolver a bicicleta no mesmo lugar”, diz Mariana. Ela conta que, quando esteve em Paris, utilizou um sistema de empréstimo semelhante.

O economista Fernando Fonseca, de 42 anos, levou toda a família para conhecer o sistema. “Acho que vai ajudar na conscientização de que precisamos de um transporte alternativo, que ajude na diminuição do tráfego de automóveis. É uma iniciativa bacana principalmente para incentivar a nova geração”, diz.


Fernando Fonseca e sua família na estação Humberto I (Mariana Lenharo/AE)

Alguns ainda consideram o preço do aluguel alto em comparação a outras iniciativas. O projetista de instalações elétricas Artur Lopes Regino, de 27 anos, cita que o sistema de empréstimo de bicicleta da seguradora Porto Seguro é gratuito na primeira hora e cobra R$2 para cada hora adicional. Já o Bike Sampa é gratuito apenas na primeira meia hora e cobra R$5 a cada meia hora a mais.

“Mas já é um bom incentivo para a pessoa começar a andar de bicicleta e se habituar a vê-la como meio de transporte. Além da questão da saúde, desafogaria bastante o trânsito de São Paulo”, diz Artur. Ele faz parte do grupo de ciclistas “Red Lu”, que pedala uma vez por mês, sempre aos domingos. O grupo alerta que o sistema não inclui o empréstimo de capacete, item de segurança essencial.

Já a aposentada Maria de Fátima Borges, de 60 anos, considera que o programa atende a uma população minoritária. “A ideia é ótima, mas antes seria importante melhorar o transporte público para a população, que está sofrendo muito”, diz. Ela mora em frente à estação Humberto I e foi ao ponto conferir como funciona o aluguel. “Vou usar a bicicleta. Para mim é excelente porque é na porta da minha casa. Mas, teria que ver o que vai ser bom para a maioria.”

O gerente de informática Ricardo Luiz também passou pela estação Humberto I para conferir. Ele mora no bairro do Limão, na zona norte. “Se tiver uma estação na zona norte e eu puder devolver aqui, posso ir trabalhar de bicicleta. Tomara que dê certo”, diz.

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