segunda-feira, 8 de abril de 2013

Cicloativismo tem suas primeiras conquistas


07/04/2013 - Zero Hora - Porto Alegre

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Apesar de ter ficado mais em foco após o atropelamento coletivo de 2011, o cicloativismo na Capital já somava pequenas conquistas desde 2009, quando o Plano Diretor Cicloviário foi aprovado. A lei previa que 20% do valor arrecadado pela EPTC em multas deveria ser revertido na construção de 495 quilômetros de ciclovias e em campanhas educativas.

Na prática, apenas 13 quilômetros entraram em operação e a obrigatoriedade de destinar 20% da verba das multas é questionada na Justiça, sob alegação de inconstitucionalidade da parte da prefeitura.

- Somos contrários a carimbar recursos de multas para fins de investimento. Hoje, obras de contrapartida são a grande fonte de financiamento de ciclovias - argumenta Vanderlei Cappellari, diretor-presidente da EPTC.

As contrapartidas de obras da Copa, somadas a investimentos pontuais da EPTC, farão com que a malha cicloviária aumente para 50 quilômetros até maio do ano que vem. Problemas técnicos nos trechos existentes, no entanto, incomodam ciclistas. Entre eles, o vereador Marcelo Sgarbossa, cuja plataforma de campanha foi movida a pedaladas.

O piso escorregadio na Avenida Ipiranga em dias de chuva, a largura de 1m6cm na Avenida Icaraí, que impede o tráfego em dois sentidos ou a ultrapassagem, e a ciclofaixa em cima da calçada na Restinga são alguns dos itens criticados. Outro é o fato de as rotas não estarem sendo implantadas de maneira gradual e contínua, e sim em pequenos trechos desconectados.

- Isso penaliza o ciclista, não permite que a bicicleta seja um meio de transporte viável. As ciclovias acabam cheias no fim de semana, apenas para o lazer - avalia Sgarbossa.

Apesar das ressalvas, o vereador considera positiva a existência de ciclovias e o uso da bicicleta nas horas de lazer, pois isso ajuda quem tem medo de pedalar a perder esse bloqueio.

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