quarta-feira, 21 de julho de 2010

Primeira ciclofaixa da cidade, na Marechal Floriano, terá 4 km

Ilustração da primeira ciclofaixa da cidade, na Ma ...Publicado em 20/07/2010 às 11:36 - Prefeitura de Curitiba


A Prefeitura de Curitiba assinou nesta segunda-feira (19) convênio de cooperação técnica para implantar a primeira ciclofaixa da avenida Marechal Floriano Peixoto. O projeto faz parte da proposta de Curitiba para o STAQ (Sustainable Transport and Air Quality), projeto regional financiado com recursos do Banco Mundial e do Global Environment Facility (GEF) e coordenado pela Associação Nacional de Transportes Públicos  
(ANTP).

O presidente da Associação, Ailton Brasiliense, veio a Curitiba para formalizar o convênio, que foi feito apenas com mais duas cidades brasileiras, São Paulo e Belo Horizonte. Para Curitiba, serão doados US$ 2,1 milhões. O objetivo do projeto é reduzir as emissões de gases de efeito estufa por meio de intervenções em meios de transporte sustentáveis e mais eficientes. A ANTP acompanhará a utilização dos recursos nos projetos solicitados pela cidade.
"Sozinha, Curitiba já é uma referência. Queremos mostrar para as demais cidades como é possível fazer. Queremos estimular que outras cidades possam promover mudanças necessárias para a busca de meios de transporte não motorizados e com a valorização do transporte coletivo", disse Brasiliense ao informar que entre 2005 e 2009, a frota de automóveis no Brasil cresceu 50%.
O presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC), Cléver Almeida, informou que a ciclofaixa será implantada, numa primeira etapa, do viaduto da Linha Verde até o Terminal do Carmo, numa extensão de aproximadamente 4km. Mas antes das obras necessárias à implantação da primeira ciclofaixa de Curitiba, as pistas lentas da avenida Marechal Floriano Peixoto serão totalmente revitalizadas.
Esta obra será licitada e paga pela Prefeitura de Curitiba. Só depois disso, em 2011, será implantada a ciclofaixa, que será feita com recursos da doação do GEF. Numa segunda fase, a Marechal Floriano terá infraestrutura cicloviária do Terminal do Carmo até a divisa com São José dos Pinhais, numa extensão de 3,7km. Além da ciclofaixa, os recursos serão investidos na contratação de consultoria para o Plano Diretor Cicloviário de Curitiba.
Como será - A ciclofaixa deverá retirar da canaleta de ônibus os ciclistas que a utilizam em seus deslocamentos. Paralela à canaleta da Marechal Floriano Peixoto, do lado esquerdo da pista, ela oferecerá mais segurança no trânsito, já que serão evitados os conflitos causados pelas conversões à esquerda (que serão proibidas) e pelas guias rebaixadas, que estão do lado direito.
Com a ocupação do lado esquerdo, o estacionamento existente hoje ficará do lado direito, junto ao alinhamento predial. Feita com emulsão asfáltica de alta resistência na cor vermelha, motoristas, pedestres e ciclistas facilmente reconhecerão o espaço reservado aos ciclistas. A ciclofaixa também terá tachões, pictogramas no asfalto e placas indicativas.
A implantação da primeira ciclofaixa na Marechal Floriano Peixoto se deve às características da via e à proximidade com outros trechos da infraestrutura cicloviária existente - a ciclovia da Linha Verde e a da Aluízio Finzetto, formando uma rede, conceito que será aplicado na cidade sempre que uma nova facilidade para incentivar o uso da bicicleta for adotada.
"A partir desta experiência, outras ciclofaixas poderão ser implantadas", disse o presidente do Instituto. Atualmente, a infraestrutura cicloviária da cidade possui 100km de ciclovias e calçadas compartilhadas. "Nossa meta para médio prazo é saltar dos atuais 100km para 300km de infraestrutura cicloviária, o que abrangerá várias facilidades, e não apenas ciclovias", disse Almeida. Ele informou que o Plano Diretor Cicloviário, que estava previsto no Plano de Mobilidade, estuda ainda a localização de para-ciclos e bicicletários.
A assinatura do convênio foi resultado de várias negociações junto ao GEF, que duraram três anos. Uma das primeiras licitações será a que vai escolher a consultoria para o Sistema Integrado de Mobilidade (SIM). Extremamente amplo, o SIM contemplará avançados equipamentos e recursos tecnológicos que deverão modernizar a operação do trânsito e melhorar o transporte em Curitiba. Para isso, serão contratados, por meio dos recursos do GEF, especialistas que analisarão como o moderno sistema poderá ser implantado para trazer o máximo de aproveitamento da tecnologia.
Outro projeto de grande importância é o de elaboração de um estudo de vulnerabilidade climática que analisará as possibilidades de cheias em Curitiba até o ano de 2100. Curitiba será a primeira cidade brasileira a desenvolver um estudo como esse.
Os critérios para a escolha das 3 cidades no Brasil nas quais o GEF fará os investimentos foram o potencial de investimentos na área de transporte urbano, as experiências anteriores bem sucedidas em financiamentos junto ao BIRD, a existência de comprometimento dos governos municipais com a política ambiental e com os problemas de transporte sustentáveis e a importância econômica das cidades.
Assinaram o convênio em nome da Prefeitura de Curitiba o presidente do IPPUC, Cléver Almeida, o presidente da Urbs, Marcos Isfer, o secretário do Meio Ambiente, José Antônio Andreguetto e a procuradora Claudia Honório.

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