quinta-feira, 16 de abril de 2015

Curitiba cria aluguel de bikes elétricas

15/04/2015 - The City Fix Brasil

By Luísa Zottis 


(Foto: Divulgação)

Um sistema de aluguel de bicicletas elétricas entrou em testes em Curitiba. Por seis meses, todos os dias, residentes e turistas podem experimentar o novo serviço. A estação fica localizada no Parque Birigui e funciona das 10h às 19h. Se der certo, o projeto poderá ser ampliado para diferentes pontos e parques da cidade com uma licitação.

A novidade custa R$15 para meia hora, que é o tempo médio para duas voltas completas no parque, ou R$ 30 por uma hora (R$ 0,50 por minuto adicional). Quem quiser ficar o dia todo com a magrela, precisa desembolsar R$ 99. Para efetuar o primeiro aluguel, é preciso estar munido de documento com foto, cartão de crédito e ter no mínimo 18 anos.

O serviço é operado numa parceria da Prefeitura de Curitiba com a E-leeze Rental, especializada em bicicletas elétricas, sem custos para a cidade. O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, afirmou que a aceitação por curitibanos e turistas vai definir se há mercado para ampliação do serviço na capital paranaense. Ele lembrou que as bicicletas não servem somente para lazer, mas também são um meio de transporte ao trabalho ou estudo.

Na locação da bicicleta acompanha um capacete e o serviço oferece também opção de locação de cestinha para pequenos animais, cadeirinha para criança e um bike engate – bicicleta menor para ser engatada na elétrica.

Você é de Curitiba? Já experimentou o serviço ou vai experimentar? Conte pra gente!


Prefeito Gustavo Fruet testa o novo serviço. (Foto: Everson Bressan/SMCS)

Rio vai ganhar ciclovia de 10,4 km entre Cosme Velho e Botafogo após pedido de estudantes

Secretaria municipal de Meio Ambiente já começou a construção da malha cicloviária, que está orçada em R$ 1,4 milhão

POR NATASHA MAZZACARO

15/04/2015 - O Globo

RIO — Albert Einstein — que, volta e meia, era flagrado no topo de uma "magrela" — dizia que viver é como andar de bicicleta: "É preciso estar em constante movimento para manter o equilíbrio". O que o alemão não contava, no entanto, era com a bagunça generalizada dos ônibus, caminhões e carros do Rio de Janeiro. Problema que, pelo menos em Laranjeiras, pode estar próximo de ser parcialmente solucionado.

A despeito das críticas feitas pelos especialistas da PUC, a Secretaria municipal de Meio Ambiente começou a construir 10,4 quilômetros de ciclovias, que cortarão até meados de agosto as ruas de Laranjeiras, Cosme Velho, Flamengo e Botafogo. A malha, cuja implantação está orçada em R$ 1,4 milhão, deve legar estes bairros ao Aterro, permitindo que ciclistas trafeguem da Zona Sul até o Centro da cidade. O projeto prevê ainda conexão com as estações de metrô e com o Botafogo Praia Shopping.

VEJA: Estudo conclui que ciclovia carioca é pior que as de Nova York, Londres, Copenhague e Bogotá

Necessidade iminente de qualquer cidade do porte do Rio, a ciclovia é um pedido antigo dos moradores da região e nasceu, em 2008, dentro de uma sala de aula do Liceu Franco-Brasileiro. Convidados a pensar numa solução para um problema diário, seis estudantes bolaram um plano cicloviário, apresentado no programa internacional americano First Lego League. O tema era "transporte inteligente".

— Uso a bicicleta para me locomover desde os 10 anos e, desde então, já sofri uma porção de pequenos acidentes. A falta de uma pista exclusiva acaba criando ciclovias invisíveis. Você começa a andar na rua por falta de opção — conta o estudante Philipe Moura.

O projeto foi apresentado para a prefeitura, que, em 2010, procurou o grupo de estudantes. Nesse mesmo ano, um levantamento mostrou que cerca de 800 ciclistas trafegavam por Laranjeiras todos os dias.

— As pessoas deveriam ser estimuladas a percorrer trajetos intermediários de bicicleta. A Colômbia melhorou seu problema viário assim — lembra o estudante Victor Pimenta.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/bairros/rio-vai-ganhar-ciclovia-de-104-km-entre-cosme-velho-botafogo-apos-pedido-de-estudantes-15877924#ixzz3XTOF2x8V 
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Estudo conclui que ciclovia carioca é pior que as de Nova York, Londres, Copenhague e Bogotá

15/04/2015 - O Globo

RIO — Corroborando o senso comum de muitos cariocas que pedalam pelas ruas, a Cidade Maravilhosa ficou na lanterninha de um estudo que comparou as malhas cicloviárias de Nova York, Londres, Copenhague, Bogotá e Rio de Janeiro. A conclusão é do arquiteto Alziro Neto, que fez a pesquisa para o mestrado profissional em Engenharia Urbana e Ambiental da PUC-Rio. Os aspectos levados em conta na análise foram clima; relevo do lugar; segurança; o papel do carro no meio urbano; e infraestrutura. Entre esses, apenas o clima do Rio é favorável para os ciclistas. Sem a chuva recorrente de Londres ou Copenhague, por exemplo, os que andam de bicicleta por aqui têm mais conforto e praticidade. Em todos os outros quesitos, porém, a cidade dificulta a vida dos amantes das "magrelas".

— O espaço para os carros no Rio é bem maior do que o destinado ao ciclista. E a malha cicloviária foi construída de forma descontinuada: ela começa numa rua e logo é interrompida, depois continua na calçada, de repente muda de lado da via. É confuso e perigoso. A isso, somam-se a falta de infraestrutura para interligar as bicicletas a outros meios de transporte, o relevo que espreme a cidade entre o mar e muitas montanhas, e a falta de segurança pública. Isso explica porque o Rio tem a pior ciclovia entre essas cinco cidades — diz Neto.

TRANSPORTE OU AMBIENTE: QUAL É IDEAL?

Segundo o arquiteto, uma lei de 2007 que institui a política de incentivo ao uso da bicicletas no Rio compila uma série de boas ideias, mas com poucas diretrizes. Neto afirma, ainda, que é um erro a Prefeitura do Rio colocar a ciclovia a cargo da Secretaria de Meio Ambiente, em vez da pasta de Transporte. Isso, de acordo com ele, confirma que o governo vê a bicicleta apenas como opção de lazer, e não como veículo.

Para a Secretaria de Meio Ambiente, entretanto, a decisão sobre qual pasta é responsável pelo tema tem a ver com especificidades culturais do Rio.

— Aqui, os carros sempre imperaram, então o modo que encontramos para enfrentar isso foi não vincular as ciclovias à Secretaria de Transporte, que tem uma visão voltada apenas para veículos motorizados. Nós conseguimos, nos últimos seis anos, quase extinguir os estacionamentos para carros no Centro, dando mais espaço para bicicletas. Seria muito difícil fazer isso, por exemplo, dentro da Secretaria de Transporte, que cuida dos estacionamentos. Temos planos, também, de permitir que ciclistas entrem nos ônibus com suas bicicletas, mas não dá para fazer tudo correndo. A academia faz teses sem considerar as dificuldades práticas — alfineta o secretário de Meio Ambiente, Carlos Alberto Muniz.

No estudo comparativo de Neto, é mostrado como Londres conseguiu, entre 2000 e 2012, duplicar o número de viagens diárias de bicicleta entre a periferia e o centro da cidade, chegando a mais de 540 mil. Isso foi graças à criação das Barclays Cycle Superhighways, as superciclovias que conectam a periferia ao centro e ajudaram a reduzir os congestionamentos e a aliviar a superlotação no transporte público.

Um exemplo parecido vem de Bogotá, na Colômbia, onde o sistema integrado de ciclovias, chamado CicloRuta, conecta os cidadãos às principais vias de BRT, parques e centros comunitários. Quando o projeto começou, em 1998, apenas 0,2% da população se locomovia por meio de bicicletas. Esse número passou para 4% em 2007.

— Ao escolher as cidades que eu estudaria, não quis me restringir a capitais de países desenvolvidos. Por isso, incluí Bogotá, que começou a pensar na bicicleta como meio de transporte nos anos 90 e já alcançou uma infraestrutura razoável — conta Neto.

Ao construir mais ciclovias e destinar praças para pedestres, algumas dessas cidades conseguiram, ainda, diminuir drasticamente o número de casos de morte de ciclistas. Nova York, por exemplo, reduziu o número de acidentes em 73% entre 2000 e 2011. Ao mesmo tempo, o número de pessoas que trocaram o carro pelas bicicletas subiu 183%. Já no Rio, mais de 15 mil ciclistas morreram entre 2000 e 2010, vítimas de colisões com carros e ônibus.

Pedido de estudantes impulsiona criação de ciclovia de 10,4 km entre Cosme Velho, e Botafogo

Secretaria municipal de Meio Ambiente já começou a construção da malha cicloviária, que está orçada em R$ 1,4 milhão

RIO — Albert Einstein — que, volta e meia, era flagrado no topo de uma "magrela" — dizia que viver é como andar de bicicleta: "É preciso estar em constante movimento para manter o equilíbrio". O que o alemão não contava, no entanto, era com a bagunça generalizada dos ônibus, caminhões e carros do Rio de Janeiro. Problema que, pelo menos em Laranjeiras, pode estar próximo de ser parcialmente solucionado.

A despeito das críticas feitas pelos especialistas da PUC, a Secretaria municipal de Meio Ambiente começou a construir 10,4 quilômetros de ciclovias, que cortarão até meados de agosto as ruas de Laranjeiras, Cosme Velho, Flamengo e Botafogo. A malha, cuja implantação está orçada em R$ 1,4 milhão, deve legar estes bairros ao Aterro, permitindo que ciclistas trafeguem da Zona Sul até o Centro da cidade. O projeto prevê ainda conexão com as estações de metrô e com o Botafogo Praia Shopping.

Necessidade iminente de qualquer cidade do porte do Rio, a ciclovia é um pedido antigo dos moradores da região e nasceu, em 2008, dentro de uma sala de aula do Liceu Franco-Brasileiro. Convidados a pensar numa solução para um problema diário, seis estudantes bolaram um plano cicloviário, apresentado no programa internacional americano First Lego League. O tema era "transporte inteligente".

— Uso a bicicleta para me locomover desde os 10 anos e, desde então, já sofri uma porção de pequenos acidentes. A falta de uma pista exclusiva acaba criando ciclovias invisíveis. Você começa a andar na rua por falta de opção — conta o estudante Philipe Moura.

O projeto foi apresentado para a prefeitura, que, em 2010, procurou o grupo de estudantes. Nesse mesmo ano, um levantamento mostrou que cerca de 800 ciclistas trafegavam por Laranjeiras todos os dias.

— As pessoas deveriam ser estimuladas a percorrer trajetos intermediários de bicicleta. A Colômbia melhorou seu problema viário assim — lembra o estudante Victor Pimenta.